domingo, 18 de julho de 2010

Época Romana: Religião e Rituais Funerários

A profunda reorganização administrativa efectuada sob o domínio romano implicou a reordenação das cidades existentes e a criação de novos centros, muitos deles directamente relacionados com o apoio à rede viária ou portuária. Dada a sua localização, Sines estaria na órbita da cidade de Miróbriga, o que não excluiria a possibilidade da existência de alguns edifícios com carácter monumental. Deste tipo de construções restam-nos apenas alguns materiais empregues, como tambores de colunas ou capitéis, muitas vezes reaproveitadas em construções posteriores, com destaque para o Castelo.
Através do registo arqueológico apenas nos resta uma pequena parte, material, da complexidade da religião e dos rituais funerários romanos. O culto aos muitos e diferentes deuses romanos, ou adoptados, manifesta-se pela construção de templos e de estátuas, algumas com dedicatórias. O culto romano privilegiava a incineração, sendo os despojos recolhidos em urnas de barro que eram depois enterradas ou depositadas em columbarios. As necrópoles situavam-se no exterior dos aglomerados populacionais, ao longo das vias de acesso, para que o indivíduo aí sepultado pudesse ser relembrado pelos viajantes.
A separação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos era clara e necessária. Apenas com a evolução do Cristianismo esta situação muda e o mundo dos mortos, sempre apartado e diferenciado do dos vivos, começa a compartilhar o mesmo espaço.
www.sines.pt

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